As salinas de Rio Maior têm oito séculos de História, datando a exploração das salinas do último quartel do séc. XII. Em 1177, começo documentado da história das Marinhas de Rio Maior, Pêro d’Aragão e a sua mulher Sancha Soares venderam aos Templários “a quinta parte que tinham do poço e das Salinas de Rio Maior, cujo poço partia pelo Este com Albergaria do Rei; pelo Oeaste com D. Pardo e com a Ordem do Hospital; pelo Norte com Marinhas da mesma Ordem; e pelo Sul com Marinhas do dito D. Pardo”. Com essa venda fica evidente que à época, parte do poço e das salinas já pertenciam e eram exploradas por particulares.


A TRADIÇÃO

Para mitigar a sede, uma rapariga que apascentava uns jumentos, tentou beber numa poça de água que aflorava num juncal. O sabor fortemente salgado foi-lhe extremamente desagradável tendo comentado o sucedido quando chegou a casa. Seu pai e vizinho apressaram-se a ir cavar em tal sítio de onde surgiu então o poço atual, tendo secado depois o primitivo.

Em 1979, depois de demoradas deligências, foi finalmente constituída a Cooperativa dos Produtores de Sal de Fonte Salina, CRL, a qual tem como objectivo comercializar o sal dos cooperantes e promover acções de apoio aos mesmos, na transformação de salmoura e seu aproveitamento.

Tratando-se de uma actividade pouco lucrativa, o número de trabalhadores interessados na produção de sal diminuia anualmente.

A constituição da Cooperativa, a partir da associação dos Salineiros de Rio Maior, permitiu a colocação do sal no mercado, devidamente embalado, e parte dele moído, o que se traduziu na valorização e aumento da qualidade do produto e do seu preço.

As actividades da Cooperativa transformaram as condições ambientais das salinas de Rio Maior. Os morros de terra onde crescia vegetação infestante que conspurcava o sal foram substituídos por concentradores da salmoura extraída do poço comum.

A Cooperativa está empenhada, em colaboração com a Câmara Municipal e a Direcção do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, no desenvolvimento do Turismo no belo “Vale Tifónico”, onde se situa este original e típico salgado de fonte salina.

Esta colaboração permitiu a construção de uma típica casa da serra, para apoio aos turistas, e a reconstrução de várias casas de recolha de sal, com as suas curiosas fechaduras em madeira. Em acréscimo, a Cooperativa trabalha activamente para a recuperação e manutenção dos largos públicos, do antigo rio e do acesso ao transporte do sal para os armazéns.

O rio que atravessa o salgado foi forrado de lages e os carreiros (baratas) foram cimentados a fim de facilitar o trânsito dos Salineiros e o transporte de sal, permitindo uma maior higienização.

Tradicionalmente o sal era guardado nas casas típicas das salinas. Actualmente a Cooperativa recolhe este produto para um armazém construído para o efeito, dentro do estilo destas antiquíssimas casas de madeira.

Nesse armazém, parte do sal é embalado para expedição e colocação no mercado.

Num passado recente, a maioria dos produtores de sal era agricultor, que se dedicaria sazonalmente (de Maio a Setembro) à produção de sal, sendo os lucros obtidos divididos entre o proprietário do talho e o salineiro.

Actualmente uma equipa de trabalhadores contratados pela Cooperativa desenvolve a exploração e safra do sal da maioria das salinas.

Hoje em dia as salinas de Rio Maior são o único caso de exploração de uma salmoura subterrânea em Portugal, o que juntamente com a singularidade do fenómeno hidrogeológico lhes confere grande relevância em termos de património natural.

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